Anestesia

08-01-2011 11:30

Tente imaginar um tratamento a um dente cariado sem qualquer anestesia, para não falar já numa complicada cirurgia cardíaca. Graças à anestesia, que abrange um grande leque de medicações, a sensação de dor é magicamente bloqueada durante as operações.

Os diversos tipos de anestesia

Embora muitos fármacos ( e combinações de fármacos ) sejam utilizados para anestésicos, essa utilização dá-se sob uma de quatro formas:

  • Anestesia local, para "adormecer" uma zona pequena à volta do local a operar ou para tratamento aos dentes;
  • Anestesia regional, para bloquear a dor grupos inteiros, ou "regiões", de nervos, particularmente útil durante o parto;
  • Anestesia monitorizada, para aliviar o incómodo de exames clínicos não-cirúrgicos ou para complementar uma anestesia local por meio de analgésicos conjugados com fármacos que tornam o paciente sonolento;
  • Anestesia geral, recomendada em cirurgias prolongadas ou complexas para tornar o paciente inconsciente e bloquear as reacções dolorosas em todo o organismo.

    Quando pensa em anestesia, a maioria das pessoas pensa em anestesia geral. Mas com a crescente simplificação das operações - e com o aumento de operações executadas em doentes não internados - , a anestesia geral está gradualmente a ser substituída pelas outras técnicas de anestesia, que têm menos riscos.

    Se vai submeter-se a uma operação, poderá ter alguma escolha quanto à anestesia. Em muitos casos, porém, o tipo de anestesia e os fármacos específicos a utilizar são determinados pela própria operação. O médico levará também em conta o seu estado geral de saúde e outros factores, como a sua tolerância à dor.

Em que medida é segura?

Actualmente, muito. As estatísticas dos EUA mostram que nas últimas décadas o risco de morte devido a qualquer forma de anestesia baixou de 1 em 4500 casos em 1970 para 1 em 400 000 hoje em dia. Só nos últimos anos, o número de mortes por anestesia geral baixou mais de 95%.
    Atribui-se esta melhoria ao desenvolvimento de substâncias mais seguras e de acção mais rápida e ao equipamento de monitorização mais sofisticado, que mede os ritmos respiratórios, os níveis de oxigénio no sangue e até as ondas cerebrais dos pacientes anestesiados. Ao medir cuidadosamente as funções vitais da pessoa sob anestesia, os médicos conseguem evitar problemas graves.

Preparação para "adormecer"

A fim de reduzir o risco de complicações, o seu cirurgião analisará consigo, antes da operação, a sua história clínica, incluindo os medicamentos, com ou sem receita, que está a tomar, as suas alergias (especialmente a medicamentos), quaisquer experiências anteriores que teve - ou a sua família - com a anestesia, problemas médicos (especialmente asma) e hábitos de vida, como fumar, beber ou utilizar estimulantes. Após esta apreciação, é fundamental que siga à risca todas as instruções pré-cirúrgicas que o médico lhe deu.

Atenção!

A anestesia geral assusta muitos doentes, mas, na realidade, é bastante segura. Falar antecipadamente com o médico anestesista e seguir todas as instruções pré-operatórias ajudam a garantir a segurança.

Ao medirem cuidosamente as funções vitais da pessoa sob anestesia, os médicos conseguem evitar problemas graves.

 

Elisabete Pereira